sábado, 28 de fevereiro de 2009

A TOPOGRAFIA DA IDENTIDADE


Eu me encontro na ponta do lápis
No inverossímil ápice do cone
Ponto geométrico
Dissolvendo-se no plano do papel
Ali no limiar do sólido e do granuloso
Posso me encontrar

Encontro-me ainda na beira
De um copo
Todo lâmina
À espera de transbordar
De um lugar a outro
O que não é seu

Em uma conversa também
Posso encontrar-me
No espaço imaterial
Entre dois corpos
Quando deixo-me abandonar
O confronto das vozes,
Levando meu espírito,
Mostra-me quem sou

Por fim
Encontro-me ao caminhar
Por aí, ao léu
Ao assumir a queda constante
Onde vivo
Continuamente frustrada
Por pé ante pé





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