sábado, 28 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM ALEXANDRE TORRICELLI
[Alexandre Torricelli (Boina) é arquiteto, formado pela Universidade São Francisco, Itatiba/SP]

Quando convidado para escrever sobre o ENEA Recife e Olinda, comecei a buscar em minha memória, encontrando com facilidade diversos momentos marcantes, alegres e divertidos. Porém para elaborar algo mais completo como um trabalho de conclusão de curso merece, ainda assim não sei se fui capaz, portanto exponho a seguir a minha opinião, como ex-estudante, arquiteto recém formado e naquela oportunidade era Diretor de Documentação e Informação da FeNEA. Consultando tudo que tive acesso sobre o encontro, fotos, textos, manuais. E num momento de nostalgia passei varias horas contemplando e relembrando a cada foto. Hoje estamos iniciando 2009, quando o ENEA será em Belo Horizonte , portanto passaram-se quase 3 anos, Falando não parece muito tempo, mas para mim foi. Um tempo que não retorna mais, mas que quando olho para trás tenho a certeza de que cada momento valeu. Nunca tinha revisto fotos antigas de encontro com esse foco de retratar a minha visão sobre o encontro, portanto me desculpe se esquecer de algo muito marcante, pois tenho certeza que cada estudante tem uma visão singular do encontro.
Durante a gestão 2005-2006 como descrevi acima era DDI da FeNEA, e acompanhando a construção do encontro algumas propostas da comissão organizadora eram bem inovadoras pois colocavam o participante como ator principal, desempenhando diversas tarefas essenciais para o transcorrer do encontro. No começo do encontro isso foi passado ao participante, mas como a realidade em todos os encontros anteriores sempre foi assistencialista, o participante se via numa posição de consumidor, as células acabaram por não suprir a demanda do encontro, causando transtornos e imprevistos.
Meu dia-dia no encontro restringiu-se aos assuntos da diretoria de documentação e informação, onde pudemos colocar em dia algumas pendências e deixar encaminhamentos para nova gestão que entraria.
Um encontro como foi em Recife e Olinda pode propiciar aos participantes uma viagem pela história ao súber as ladeiras do centro histórico de Olinda, a cidade enea localizava-se próxima ao mercado municipal e que proporcionava a todos o fácil acesso a Olinda. Para chegar a Recife um simples coletivo na porta da cidade enea também tinha destino certo, o centro antigo do Recife, com uma arquitetura histórica, no qual muitos estudantes de arquitetura só têm oportunidade de conhecer através de fotos.
Pessoalmente estava cansado no enea, foi um ano difícil, era meu sexto encontro naquele ano, meu semestre na faculdade teve notas sofridas e ainda por cima levei 58 horas para chegar até Olinda. Entretanto cada encontro é um novo encontro e reencontro, rever pessoas que desconhecidas que convivi apenas alguns dias da minha vida, mas nos falávamos semanalmente pela internet, matar a saudade de pessoas diariamente tão próximas, mas geograficamente tão distantes.
Acredito que diante de todos os imprevistos que aconteceram em Recife e Olinda, ainda assim o encontro foi muito bom, pois colocou aos participantes novas perspectivas de se encarar um encontro, a tão falada construção coletiva, principalmente na hora das refeições e atividades. A infra-estrutura do quartel não suportou a demanda, como aliás aconteceu também nos anos anteriores, porém a magia de subir e descer as ladeiras históricas atrás de um conjunto de metais tocando frevo é de arrepiar toda vez que se escuta novamente.
Enfim não sabia muito que falar sobre o ENEA Recife e Olinda e as palavra acima ilustram para mim mais que apenas um encontro, foi uma experiência singular, que apenas quem pode acompanhar sabe, e se um dia for a outro encontro o espírito será parecido, num lugar similar com pessoas diferentes, mas a magia é sempre a mesma.



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